Louise Brown é conhecida há 40 anos por ser o primeiro bebê do mundo a nascer através de fertilização in vitro, um método inovador na altura que criou esperança em milhares de casais inférteis de poderem ser pais.Desde então, o mundo viu a técnica expandir.
A notícia do nascimento de Louise Brown, no dia 25 de julho de 1978, em Oldham, uma cidade do interior de Inglaterra, correu o mundo e gerou grandes debates acerca da nova técnica de reprodução assistida desenvolvida pelos investigadores Patrick Steptoe e Bob Edwards, este último galardoado com o Prémio Nobel da Medicina em 2010.
Ao longo da vida, Louise Brown, que já trabalhou como enfermeira e é atualmente funcionária de um posto de correios, tem contado a sua história em várias organizações e participado em vários eventos.
Em dezembro de 2006, teve o primeiro de dois filhos, concebido por vias naturais. Antes dela, a sua irmã Natalie, que também nasceu através da fertilização in vitro, teve o seu primeiro filho sem recorrer a técnicas de reprodução assistida, colocando um fim às dúvidas sobre se os bebés gerados em laboratório podiam conceber crianças pela via natural.
Desde o nascimento de Louise, outras oito milhões de crianças vieram ao mundo com a ajuda da ciência, nomeadamente de técnicas de Procriação Medicamente Assistida (PMA) como a FIV.
PRIMEIRA CRIANÇA NASCIDA POR FERTILIZAÇÃO IN VITRO NO BRASIL OCORREU EM 1984
Sabe-se também que primeira criança nascida por fertilização in vitro no Brasil foi em outubro de 1984 e desde então o número de procedimentos de reprodução humana assistida e resultados positivos só vêm crescendo.
Além do Brasil, outros países como China e Índia fazem processo de fertilização, mas não têm dados relatados.
TRATAMENTOS DE INFERTILIDADE E CUSTOS FINANCEIROS ALTÍSSIMOS
Mulheres acima de 40 anos apresentam um grande desafio para os tratamentos de infertilidade, pois, após esta idade, os ovários envelhecem e produzem óvulos em menor quantidade. As chances de gravidez diminuem e as possibilidades de abortos e doenças cromossômicas do bebê aumentam. Os resultados dos tratamentos de fertilização tendem a ser piores e a quantidade de medicação utilizada maior, implicando também num maior custo financeiro.
O acesso à fertilização in vitro ainda está longe de ser universal. Segundo o relatório da SERH, o número de ciclos continua a aumentar, mas a utilização ainda é muito influenciada pelo acesso a preços acessíveis, que está relacionado aos seguros de saúde ou financiamento público.
No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece em alguns lugares a fertilização in vitro como parte do tratamento de infertilidade. Segundo o Ministério da Saúde, atualmente, existem 11 instituições públicas vinculadas ao SUS que trabalham com a Reprodução Humana Assistida.